A Roda do Ano
Parte I – Primavera
A Primavera é o alvorecer da roda do ano,
Quando a neve se esmorece ao olhar Balzaquiano
Revelando a relva ao bichano
Que espreita com olhar cartesiano
Nos rios, o gelo derrete sem danos,
Sem rumo, sem enganos,
Velozmente insano e inumano
Num tormento quase diluviano.
Apesar do leviano olhar humano,
Os animais ficam encantados,
Amáveis e enamorados.
As flores desabrocham num oceano
De cores contagiantes de um rúbeo mundano
Em meio ao cinza urbano.