por Adrianna Ribeiro
E o encanto, mágico, etéreo
Vem de antes do mundo ser mundo
Das verdejantes terras distantes
Das ilhas esquecidas
Povoadas por seres mitológicos
Temidos, Amados, Enfurecidos
Dentre todos, o mais perigoso era o ser que andava em pé ante pé
Mas sobre apenas dois pés,
Que mesmo com fé,
Aterrorizava todos os outros com sua má-fé.
Enquanto isso, dragões, unicórnios e pegasus
Respeitados por todos, foram domados
Pelo homem que não tinha pudor
Nem respeitava sua dor.
O dragão de ébano tomou para si o lugar
De a Pedra de Fogo guardar
Daqueles que a viam com um troféu sobre um altar,
E só pretendiam ela roubar.
No centro do vulcão ficava de vigia, um dragão serpente que jazia como pedra
Ainda que seus olhos espertos estivessem sempre abertos
E seu companheiro alado, se mantinha altivo com sua pelagem prateada,
A clina caída, estudando o perímetro da caverna e suas pedras encravadas.
Mas enfezado mesmo era o danado do Unicórnio
Cujo jeito doce era provisório
O disfarce perfeito
Para a mais cruel das perfeita das criaturas imortais
Que ao círculo de fogo, pela eternidade,
Jurou lealdade.